Entrevista com o Pré-Candidato

Fernando, você se declara pré-candidato à Prefeitura para as Eleições 2020? Se sim, por que tomou essa decisão? Sim, eu sou pré-candidato às eleições de 2020. Há um grupo de pessoas que vêem em mim referência, por ser uma pessoa com bastante densidade eleitoral. Pelas ruas, eu senti na população uma insatisfação com a atual administração e encontro todos os dias com pessoas cobrando um retorno meu para reorganizar o Município. É claro, isso me estimula e me fez decidir por tentar novamente uma eleição para a Prefeitura de Além Paraíba. Como avalia seu último Governo? Eu avalio como muito bom! Eu assumi o Governo Municipal, em 2013, com uma dívida de mais de R$5.000.000,00 (Cinco Milhões de Reais), uma dívida parcelada com o RPPS (Regime Próprio de Previdência Social), parcelada por todo meu Governo, que era também de quase R$5.000.000,00 (Cinco Milhões de Reais). Eu quitei essas dívidas, além da dívida previdenciária existente, recuperando o certificado de regularidade previdenciário do Município. Além disso, recuperei o crédito da Prefeitura, concedi aumento salarial, para ativos e inativos, busquei prestigiar os servidores públicos de carreira, com cargos comissionados e realizei um concurso público. Reformei todas as Escolas Municipais, reconstruí os Postos de Saúde do Boiadeiro, Morro da Conceição e de Marinópolis e realizei uma ampla reforma no Posto de Saúde da Ilha Gama Cerqueira. Além da construção da Farmácia de Minas, que beneficiou a todos que precisam receber seus medicamentos via SUS. Na parte de infra-estrutura, consegui a pavimentação de diversas ruas no bairro Santa Marta e no Goiabal, unindo este ao Morro do Cipó. Sem falar nas excelentes obras de contenção no Sítio Branco e Boiadeiro e a de captação pluvial e contenção na Vila Laroca. Além disso, firmamos um convênio com o CEFET, através do qual obtivemos cursos presenciais e online, que funcionaram na Secretaria de Educação, propiciando capacitação gratuita aos munícipes. Recebemos do Governo anterior uma frota de veículos, leves e pesados, deteriorada, sucateada e passamos o mandato com uma frota renovada, em plena condição de prosseguir com os trabalhos. Enfim, conseguimos fazer muitas coisas, mesmo com as dificuldades iniciais da nossa gestão. Para finalizar, saí da Prefeitura deixando R$3.700.000 (Três Milhões e Setecentos Mil Reais) em caixa, para meu sucessor. Os resultados da nossa gestão econômica podem ser atestados pelos índices de pesquisas de órgãos técnicos, que medem desenvolvimento econômico. Pelo índice da FIRJAN, nosso Município passou da posição 1540º, em 2012, para a de 220º, em 2015/2016. Já pela análise do Estado de Minas, passamos de 213º colocados, em 2012 para a 22º, em 2025/2016. Ele teria sido excelente, se eu tivesse conseguido concluir as coisas que planejei e que acabaram sendo paradas pela situação do Governo Federal, à época. Poderia explicar melhor sobre essas paralizações? Infelizmente, em 2016, tivemos uma grande confusão, em nível Federal, com o processo de impeachment da então Presidente Dilma Roussef, acabando por paralisar a muitos convênios por nós conseguidos, que beneficiariam, em muito, o nosso Município. Os recursos tanto do Estado quanto do Governo Federal ficaram parados. Dentro desse contexto, tínhamos a contenção de encostas na Banqueta, a Creche do Goiabal, a quadra de Fernando Lobo, a Unidade de Saúde da Vila Laroca, que seria na Ilha do Lazareto, o Hospital Regional, mais duzentas Casas Populares, estas já até com empresa licitada... Tudo dependendo do andamento desses convênios paralisados. Alguns deles, aliás, foram realizados, nesta nova gestão, sem que fosse citada nossa atuação inicial para conquistá-los. O que faria diferente, em uma possível nova gestão? De um modo geral, acho que as diretrizes devem ser as mesmas: foco no uso racional dos recursos, aplicando-os em obras e serviços essenciais, que tragam melhoria para as condições de vida da população. Aí citamos principalmente a manutenção das vias públicas e as estradas vicinais em boas condições. Pagar em dia os compromissos Municipais, prestigiando os servidores públicos, ouvindo as associações de moradores e os diversos conselhos existentes. Erros aconteceram e eu me penitencio por eles: minha relação com servidores públicos na saúde e com a imprensa, principalmente. Isso, eu acredito que possa ser melhorado e dá para fazer de modo diferente. Em relação à imprensa, por exemplo, muita coisa deixou de ser divulgada: dados e ações importantes, que não poderiam ter ficado fora do conhecimento da população, via imprensa. E os seus Governos anteriores, como avalia? Avalio todos como muito positivos em prol do Município. Conquistas foram centenas, citando apenas algumas delas: plano de cargos e salários, onde constam as diretrizes que atendem aos servidores e o estatuto do magistério. Leis, que precisam ser modernizadas, mas que foram executadas em meus Governos. Lidamos, no segundo mandato, com um período inflacionário imenso, onde havia reajustes salariais periodicamente. Muitas vezes pagávamos por quinzena, antecipando parcelas. Em relação às obras: muros de contenção, pavimentações importantes em locais periféricos, urbanização do Goiabal, com construção de 100 casas populares, construção da rodoviária, urbanização da Ilha do Lazareto, gerando, inclusive, mais empregos, e muitas outras ações. O que o levou a finalmente se render às redes sociais? As redes sociais vieram para facilitar de maneira extraordinária a comunicação. Foi uma revolução sem precedentes, que mudou as forma das pessoas pensarem e, principalmente a forma das pessoas agirem. Hoje, você não vê uma criança ou uma pessoa idosa sem a utilização da internet, dos tablets, celulares e computadores. Sendo assim, acabei me rendendo e estou me adaptando gradativamente, a fim de fazer uso delas para uma comunicação mais propícia.

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